sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Ex equipes da F1: Toyota

No segundo texto sobre as equipes que já passaram pela Fórmula 1 abordaremos sobre a Toyota:

No início de 1999 a montadora japonesa anunciou que ingressaria no circo da F1, porém seus carros se alinhariam para uma corrida oficial somente em 2002, focando todo o ano de 2001 em sua preparação para sua estréia.
Para 2002,  a equipe sediada em Colônia na Alemanha confirma o experiente Mika Salo e o escocês Allan McNish, criando uma expectativa alta para sua primeira temporada, já que o ano anterior foi dedicado exclusivamente para seu primeiro carro, mas os resultados não foram bons, onde a equipe conquistou somente 2 pontos.
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(Créditos:favcars.com/toyota-tf105-2005-images-190870.htm)
    A situação na tabela de construtores deu uma leve melhora nos dois anos seguintes, chegando a ter na temporada 2005 o seu melhor resultado uma quarta colocação (88 pontos) entre os construtores, com Ralf Schumacher e Jarno Trulli conseguindo 5 pódios.
A troca mais significativa para 2006 foram os de fornecedores de pneus, a Michelin deu lugar a Bridgestone, mas os resultados do ano anterior não se mantiveram, com a equipe fechando as 18 etapas com 35 pontos e apenas 1 pódio.
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(Créditos:automobilsport.com/australia-gp-panasonic-toyota-racing-f1-qualifying-jarno-trulli-timo-glock) 
Os anos que seguiram confirmaram a posição de equipe intermediária, não justificando o alto dinheiro gasto (sempre tendo o maior orçamento entre as equipes), os resultados somados a crise econômica mundial que assombrava o mercado automobilístico, fez com que a Toyota em novembro de 2009 anunciasse sua saída da Fórmula 1
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(Créditos:densoautoparts.com/denso-racing-f1-formula-1)
A Toyota abrigou os pilotos brasileiros Cristiano da Matta (2003 e 2004) e Ricardo Zonta (2004 e 2005), além de fornecer motores a Jordan (2005), Midland/Spyker (2006) e Williams (2007,2008 e 2009).
Se despedindo ao fim de 8 temporadas, conquistou apenas 13 pódios e 3 pole position.

sábado, 21 de dezembro de 2019

Ex equipes da F1: BAR

Vamos aproveitar esse período pós temporada e relembrar algumas equipes que passaram pela F1, mas hoje não pertencem mais ao grid.
Vamos começar pela BAR:

O grupo de tabaco British American Tobacco , que patrocinou por muitos anos diversas equipes de Fórmula 1, tinha a pretensão de entrar no grid com sua equipe própria, sendo assim em Dezembro de 1997 o grupo comprou a Tyrrel, permanecendo ainda a temporada de 1998 com o nome da equipe Francesa, criando a sua futura equipe que viria a se chamar British American Racing, mais conhecida como BAR.
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(Créditos:f1i.auto-moto.com/magazine/magazine-features/ecuries-des-podiums-sans-victoire/)
A equipe sediada em Brackley estreiou na categoria máxima do automobilismo mundial somente em 1999, contando com o campeão de F1 (1997) e Indy (1995), o Canadense Jacques Villeneuve, além de Mika Salo que viria a substituir Michael Schumacher naquela temporada pela Ferrari e o Brasileiro Ricardo Zonta.
Para a temporada de estréia os motores foram os Renault, rebatizados de Supertec e os resultados foram sucessivos abandonos obrigando Villeneuve se retirar de 12 das 16 corridas da temporada, fazendo a equipe zerar em seu primeiro ano.
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(Créditos:https://www.pinterest.dk/pin/493073859186684474/)
Para 2000, a equipe manteve sua dupla do fim de 1999, porém a novidade ficou por conta do acordo para fornecimento de motores com a Honda, que deu um novo fôlego para a equipe Britânica, fazendo a conquistar pontos até chegar aos seus primeiros pódios em 2001 com Jacques Villeneuve que já tinha o Francês Olivier Panis como companheiro de equipe.
O auge da equipe foi na temporada 2004, que apesar de não ameaçar a hegemonia Schumacher-Ferrari chegou ao segundo lugar no campeonato de  construtores, obtendo 11 pódios, sendo 10 com o Inglês Jenson Button e 1 com o piloto Japonês apadrinhado pela Honda Takuma Sato.
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(Créditos:fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Jenson_Button)
A parceria com a montadora Japonesa já começava a falar mais alto, quando em Dezembro de 2005 a Honda comprou 100% da BAR, alinhando seus carros em 2006 como Honda Racing F1 Team.
Em 6 temporadas (1999-2005) a BAR acumulou 227 pontos em 118 Grandes Prêmios, conquistando 2 Poles, 15 Pódios e nenhuma vitória.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Indy: Fora da TV aberta no Brasil

Após décadas com transmissão em TV aberta, a Fórmula Indy não terá exibição da próxima temporada para o Brasil. A Bandeirantes anunciou ontem que não renovará o contrato que engloba a Band e o canal de TV por assinatura Bandsports.
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(Créditos:indycar.com/News/2013/02/2-12-Fuel-options-for-teams)
Essa notícia é um tanto quanto negativa para a categoria norte americana que desde a década de 80 tem suas corridas exibidas  para o Brasil .
No decorrer dos anos as transmissões passaram pela Band, a extinta TV Manchete, o SBT até retornar para o grupo Bandeirantes.
(Créditos:wikipedia.org/wiki/Emerson_Fittipaldi#/media/Ficheiro:Fittipaldi_indy.jpg)
O Brasil já teve nomes de peso na categoria como Emerson Fittipaldi, Christian Fittipaldi, Gil de Ferran, Hélio Castroneves e Tony Kanaan.
De 2010 até 2013, as ruas de São Paulo receberam uma etapa do calendário da Indy, etapa essa que iria ser transferida para Brasília, porém a corrida na capital brasileira nunca viria a acontecer, sendo cancelada em 2015.
A Fórmula Indy continuará sua transmissão para o Brasil, apenas através da plataforma de Streaming DANZ.
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(Créditos:bleacherreport.com/articles/1653605-tony-kanaans-indy-500-win-highlights-need-for-irl-rule-change)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Casamento Red Bull-Honda: Até quando?

É incontestável que a temporada da Red Bull terminou com números positivos, o saldo foram três vitórias e duas poles, terminando o campeonato de construtores na terceira colocação conseguindo levar Max Verstappen ao também terceiro posto no mundial de pilotos.
Tudo muito bem para o ano de estréia da parceria entre a equipe de Milton Keynes e a Honda, os motores que foram vistos com ar de desconfiança durante o período probatório com a Toro Rosso em 2018 deu conta do recado em 2019, mas a pergunta que fica é: Até quando essa lua de mel durará?
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(Créditos:time24.news/2019/11/on-honda-honeymoon-red-bull-celebrates-exceeded-our-expectations-big-prize.html)
Após 12 anos de uma vitoriosa, mas conturbada parceria com a Renault, a RBR apostou nos motores japoneses que os colocaram em condições de brigar por vitórias, mas essas condições demoraram a chegar, onde a primeira vitória só aconteceu no Grande Prêmio da Áustria na 9ª etapa da temporada.
A Honda durante o ano vendeu caro sua permanência como fornecedora de motores para o time Austríaco, condicionando a renovação de contrato com a permanência de Max Verstappen e uma possível redução de custos na categoria.
O resultado foi um preocupante acordo até 2021 apenas, enquanto a Mercedes, por exemplo, anunciou acordos de fornecimento para McLaren e Williams até 2024 e 2025 respectivamente.
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(Créditos:formula1.com/en/latest/article.red-bull-and-toro-rosso-get-honda-upgrade)
Em recém entrevista, Max Verstappen atrelou uma possível permanência apenas se a equipe lhe der condições de brigar por vitórias na Austrália, ou seja, já no início de 2020.
Max já condicionou uma pressão ao casamento Red Bull-Honda, será que Austríacos e Japoneses saberão lidar com essa cobrança?
Saberemos a resposta na próxima temporada.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

F-E: Gen 3 e o futuro da categoria

A temporada 2019-2020 da Fórmula E começou com a rodada dupla na Arábia Saudita em Novembro, porém a notícia que agitou o campeonato de carros elétricos foi a respeito das novas informações a respeito do novo bólido da categoria, o Gen 3.
Para apenas ser utilizado na temporada 2022/2023, as principais mudanças ficariam por conta da potência do novo trem de força que será de 450 kw, ou seja o dobro da atual temporada, lembrando que chegou se a cogitar algo em torno de 600 kw, mas que foi descartado.
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(Créditos:express.co.uk/sport/f1-autosport/Formula-E-calendar-expand-15-races-TV-deal-free-to-air-F1-merger-ruled-out)
Outra novidade fica por conta do sistema elétrico de freio a fio que substituirão os atuais sistemas mecânicos de freio.
Existe também a intenção de que em 2022 existam paradas nos boxes para a recarga das baterias, a expectativa é que essas paradas sejam em torno de 30 segundos, adicionando um ingrediente a mais para os ePrix.
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(Créditos:.swissinfo.ch/eng/environmental-racing_abb-to-become-formula-e-title-sponsor/43811370)
Para o Gen 3, novas licitações devem ser abertas pela FIA, lembrando que os carros atuais são construídos pela Spark Racing Technology (parceira desde 2014), os pneus são fornecidos pela gigante Michelin, enquanto a produção das baterias deve ser disputada entre Williams Advenced Engineering e McLaren Applied Technologies, empresas essas que foram as responsáveis pela produção de baterias do Gen 1 e Gen 2 respectivamente.
A informações a respeito do Gen 3 somada ao anuncio da FIA de que já agora em 2020 o campeonato será considerado um mundial, torna a categoria com cada vez mais credibilidade, chamando a atenção de empresas para patrocínio, montadoras e o mais importante, novos fãs.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Armando o inimigo

A Renault vive a sina de não vencer seus clientes desde 2009, no fim desse ano os Franceses terminaram o campeonato mais uma vez atrás de uma equipe que utiliza seus propulsores. 
Para tentar mudar essa situação, em 2019 a montadora contratou a peso de ouro o Australiano Daniel Ricciardo, que vindo da Red Bull criava altas expectativas no paddock Francês, porém o que se viu nas pistas foi uma surra dada pela equipe Austríaca e seus motores Honda.
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(Créditos:f1i.com/news/renault/346051-renault-as-quick-or-quicker-than-mclaren-abiteboul.html)
 Esquecendo a rivalidade criada com sua ex cliente, a equipe Francesa focou na disputa com a McLaren (equipe com qual possui um contrato de 3 anos de fornecimento), porém o que se viu durante a temporada foi uma perseguição em que sempre a Renault estivera atrás, salvo em algumas presepadas, a equipe Inglesa permaneceu constante na zona de pontuação, tornando a temporada da equipe de Enstone um tanto quanto difícil, chegando ao ponto de seu CEO Cyril Abiteboul declarar que não havia vergonha alguma em perder para a McLaren.
 A Renault, que sua presença no grid para os próximos anos se torna cada vez mais alvo de especulações, vive um daqueles jejuns desagradáveis, onde que desde 2009 não supera em pontos seus clientes.
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(Créditos:planetf1.com/uncategorized/renault-red-bull-can-become-world-champs-with-us/)
Durante os 10 anos passados, o time Francês perdeu seguidamente para a Red Bull (quando essa ainda era sua cliente) até que com tantos desentendimentos fizessem que a equipe tetra campeã migrasse para uma parceria com a Honda.
 Para a atual temporada a concorrência seria menor, claro que em termos de tradição a McLaren é gigante, mas sabemos das dificuldades que a equipe de Woking passou nos últimos anos, porém o que assistimos durante o ano, foi que a Renault simplesmente não conseguiu superar sua equipe cliente por mais uma temporada.
Segue abaixo um Raio X comparativo dos desempenhos da Renault e seus clientes nos últimos 10 anos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Toro Rosso de roupa nova

Quando Pierre Gasly cruzou a linha de chegada em Abu Dhabi, não foi somente o fim de mais uma temporada, mas também um adeus da Scuderia Toro Rosso que apesar de continuar com o mesmo proprietário, o nome não continuará o mesmo, com a intenção de divulgar a marca de roupas do grupo, em 2020 os touros vermelhos em italiano darão lugar ao nome Alpha Tauri.
 A STR, como também foi chamada no decorrer dos anos, iniciou sua trajetória na F1 em 2006 quando, no fim da temporada anterior, o grupo Red Bull comprou a Minardi para transformar o time em uma espécie de equipe Júnior, a famosa "equipe B".
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(Créditos:br.pinterest.com/pin/695313629948689406/)
 A Scuderia que permaneceu em Faenza (em acordo respeitado por contrato) já começou em volto com polêmicas, o causador disso eram seus motores Cosworth V10 em uma temporada onde o regulamento determinava a volta dos V8.

 Utilizando se de uma brecha no regulamento, que permitia ás equipes com dificuldades financeiras (caso da Minardi) permanecessem com o propulsor antigo (porém com limitação de giros em 16.700 rotações por minuto), o ano de estréia foi marcado por somente um ponto conquistado por Vitantonio Liuzzi em Indianápolis.
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(Créditos:.redbull.com/ca-en/past-present-vettel%E2%80%99s-victories)
Com a chegada de 2007 a grande novidade ficou por conta de seu novo motor, que por iniciativa do projetista Adrian Newey, a equipe principal do grupo, optou por utilizar motores Renault realocando o Ferrari (que ainda estavam sob contrato) para sua equipe B, que correu com os motores Italianos entre as temporadas 2007 e 2013, retornando para uma temporada apenas em 2016.

 Para a Toro Rosso coube a missão de revelar vitoriosos pilotos como Sebastian Vettel e o talentoso e ainda promissor Max Verstappen, mas também a de receber pilotos do famoso "rebaixamento" dado por Helmut Marko, como em 2015 para o Russo Daniil Kvyat e o desse ano para o Francês Pierre Gasly.
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(Créditos:formula1.com/en/latest/article.kvyat-should-have-more-kids-jokes-horner-after-stunning-hockenheim)
Por falar no Tetra campeão, foi com ele a primeira pole e em seguida a vitória antes mesmo da equipe principal do grupo conseguir tal feito, o Alemão surpreendeu a todos ao vencer em Monza no ano de 2008, conquistando também o feito inédito de um motor Ferrari vencer com alguma outra equipe.
 A STR ainda contou com motores Renault durante as temporadas 2014, 2015 e 2017, até que em 2018 teve a difícil tarefa de receber os até então problemáticos motores Honda, servindo de laboratório para uma possível migração dos propulsores nipônicos para a Red Bull.

 O teste deu certo e na atual temporada a equipe Austríaca conquistou três vitórias enquanto a Scuderia Italiana chegou a subir duas vezes no pódio, justamente com os dois "rebaixados" por Helmut Marko.
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(Créditos:planetf1.com/features/five-youngest-podiums-in-f1-history/)